Prolongamento da Linha Vermelha: conheça as futuras estações

O projeto de expansão e modernização do Metropolitano de Lisboa (ML) tem em vista o prolongamento da Linha Vermelha entre São Sebastião e Alcântara. O prolongamento deverá iniciar-se a partir da zona já construída, localizada após a estação São Sebastião, através de um troço em túnel construído junto ao Palácio da Justiça.

Está prevista uma extensão de cerca de 4 km e a construção de quatro novas estações: Campolide/Amoreiras, Campo de Ourique, Infante Santo e Alcântara.

A estação Campolide/Amoreiras tem a sua localização prevista no extremo sul da Av. Conselheiro de Sousa, próximo do cruzamento desta com a Av. Engenheiro Duarte Pacheco. Prevê-se a sua construção a céu aberto, por método C&C (cut and cover) e terá uma profundidade de 18,5 metros.

Campolide/Amoreiras

A estação Campo de Ourique localizar-se-á no centro desse bairro, sob o Jardim Teófilo Braga/Jardim da Parada. A estação terá uma profundidade de 31 metros e três pontos de acesso.

Esta estação representa um grande desafio do ponto de vista construtivo, considerando a malha urbana apertada, com arruamentos com uma única faixa de circulação por via e com falta de alternativas de estacionamento.

Por seu lado, a estação Infante Santo ficará localizada entre a Av. Infante Santo e a Calçada das Necessidades, em terreno municipal não edificado e desimpedido de qualquer construção. Prevê-se a escavação do túnel pela aplicação do método NATM e recurso a um poço de ataque vertical alinhado no seu eixo. A estação terá uma profundidade de 29,5 metros e dois acessos.

Já a nova estação Alcântara ficará localizada do lado poente da Praça General Domingos de Oliveira, na Via de Acesso à Ponte 25 de Abril. Terá como limites a Rua da Quinta do Jacinto a Norte, a Calçada da Tapada e a Rua de Alcântara a Sul e a Praça General Domingos de Oliveira a Nascente. A implantação da estação encontra-se não só fixada pelos limites construídos acima referidos, bem como pelas reservas futuras, nomeadamente, o túnel ferroviário do IP (integração da Linha de Cascais na Linha de Cintura), a nova rotunda de Alcântara (prevista no Plano de Urbanização de Alcântara) e todas as condicionantes técnicas dos traçados viários e ferroviários.

O novo Viaduto atravessará o vale de Alcântara, entre o Baluarte do Livramento e a estação Alcântara, e será implantado de modo a não contrariar as condições existentes nem a versatilidade de evoluções futuras desse local.

Os estudos realizados indicam que a procura diária captada nas quatro estações que integram este prolongamento corresponderá a um acréscimo no primeiro ano após a entrada em exploração de 11 milhões de passageiros (4,7%) em toda a rede. Considerando a análise a 30 anos, os benefícios gerados por este projeto da Linha Vermelha ascendem a 1.047 milhões de euros. A nova configuração da Linha Vermelha vai conseguir retirar da circulação diária de Lisboa 3,7 mil viaturas individuais, o que significa menos 6,2 mil toneladas de CO2 no primeiro ano de operação.