O Metropolitano de Lisboa (ML) concluiu a fase de Estudo Prévio do Prolongamento da Linha Vermelha entre a estação São Sebastião e a estação Alcântara para efeitos da Avaliação de Impacte Ambiental e submeteu à Agência Portuguesa do Ambiente (APA), no passado dia 27 de dezembro, o Processo de Licenciamento Ambiental relativo a esse estudo.
O prolongamento da Linha Vermelha entre São Sebastião e Alcântara deverá iniciar-se a partir da zona já construída, localizada após a estação São Sebastião, através de um troço em túnel construído junto ao Palácio da Justiça e terá uma extensão total de cerca de 4 km, incluindo cerca de 380 metros em viaduto. Ao longo do traçado de túnel de via dupla prevê-se a construção de três novas estações subterrâneas (Amoreiras/Campolide, Campo de Ourique e Infante Santo) e uma estação à superfície (Alcântara).
No processo de desenvolvimento e avaliação das soluções em fase de Estudo Prévio, o Metropolitano de Lisboa promoveu reuniões de apresentação das soluções de traçado com diversas entidades e organismos.
No âmbito do desenvolvimento do Estudo de Impacto Ambiental, o Metropolitano de Lisboa procedeu, ainda, à consulta a 41 entidades/empresas para obtenção de informação de cadastro de infraestruturas na área de intervenção do presente projeto e sua envolvente, no concelho de Lisboa, ou fornecimento de outra informação que considerada relevante para o desenvolvimento do estudo em causa.
O prolongamento da linha Vermelha está enquadrado no Plano de Recuperação e Resiliência 2021-2026 com um financiamento no montante global de € 304.000.000,00 (trezentos e quatro milhões de euros). A expetativa é que esta extensão da linha Vermelha esteja em concurso no ano de 2022 e que seja uma realidade em 2025/2026.
Os estudos realizados indicam que a procura diária captada nas quatro estações que integram este prolongamento corresponderá a um acréscimo no primeiro ano após a entrada em exploração de 11 milhões de passageiros (4,7%) em toda a rede. Considerando a análise a 30 anos, os benefícios gerados por este projeto da linha Vermelha ascendem a 1.047 milhões de euros. A nova configuração da linha Vermelha vai conseguir retirar da circulação diária de Lisboa 3,7 mil viaturas individuais, o que significa menos 6,2 mil toneladas de CO2 no primeiro ano de operação.
O Plano de Expansão do Metropolitano de Lisboa tem como objetivo contribuir para a melhoria da mobilidade na cidade de Lisboa, fomentando a acessibilidade e a conectividade em transporte público, promovendo a redução dos tempos de deslocação, a descarbonização e a mobilidade sustentável.