Metropolitano de Lisboa assina Contrato de empreitada para a construção do prolongamento da linha Vermelha a Alcântara

Assinatura da empreitada da linha Vermelha

O Metropolitano de Lisboa assinou no dia 22 de dezembro com a Mota-Engil – Engenharia e Construção, S.A. e SPIE Batignolles Internacional – Sucursal em Portugal o contrato referente à execução da Empreitada de Conceção e Construção da Extensão da linha Vermelha a Alcântara – Empreitada de Conceção e Construção do Prolongamento da Linha Vermelha entre São Sebastião e Alcântara, do Metropolitano de Lisboa, E.P.E. – Proc. n.º 125/2022-DLO/ML.

Este contrato, que tem o preço contratual global de € 321.888.000,00 (trezentos e vinte e um milhões, oitocentos e oitenta e oito mil euros), acrescido de IVA à taxa legal em vigor, foi assinado no estrito cumprimento e respeito pelo regime fixado no Código dos Contratos Públicos, decorridos os prazos legais e a tramitação subsequente legalmente estabelecida.

O concurso público relativo a esta empreitada foi publicitado no JOUE – Jornal Oficial da União Europeia em  01/02/2023. O preço base do mesmo foi fixado em 330.000.000,00 € (trezentos e trinta milhões de euros), ao qual acrescia o IVA à taxa legal aplicável.

Apresentaram propostas cinco concorrentes:

  • FCC Construcción S.A., Contratas Y Ventas, SAU e Alberto Couto Alves, S.A.
  • Teixeira Duarte – Engenharia e Construção, S.A., Casais – Engenharia e Construção S.A., Alves Ribeiro, S.A., Tecnovia – Sociedade de Empreitadas, S.A., EPOS – Empresa Portuguesa de Obras Subterrâneas, S.A. e Somafel – Engenharia e Obras Ferroviárias, S.A.;
  • Mota-Engil – Engenharia e Construção, S.A. e SPIE Batignolles Internacional – Sucursal em Portugal;
  • Acciona Construcción, S.A. e Domingos da Silva Teixeira, S.A.;
  • ZAGOPE – Construções e Engenharia, S.A., COMSA Instalaciones Y Sistemas Industriales, S.A., COMSA, S.A. e Fergrupo – Construções e Técnicas Ferroviárias, S.A..

O custo total elegível previsto para o prolongamento da linha Vermelha da estação São Sebastião a Alcântara, é de 405,4 M€. Encontra-se previsto no PRR – Plano de Recuperação Resiliência 2021-2026, e conta com um investimento europeu de 304 M€ e um apoio financeiro nacional de 101,4 M€.

O prolongamento da linha Vermelha a Alcântara irá servir zonas com forte atração e geração de viagens, com significativa densidade habitacional e de emprego, escolas, comércio e serviços, assim como alvo de grande reabilitação urbanística, como é exemplo a zona de Alcântara. Terá uma extensão de cerca de 4 km e quatro novas estações: Amoreiras/Campolide, Campo de Ourique, Infante Santo e Alcântara, esta última fará a ligação à futura Linha Intermodal Sustentável, promovendo a ligação ao Concelho de Oeiras (LIOS Ocidental).

Estima-se que a procura diária captada nas quatro estações que integram este prolongamento corresponderá a um acréscimo de 4,7% de clientes em toda a rede, cerca de 87,8% do acréscimo de procura estimado corresponde aos atuais utilizadores do transporte coletivo. A procura captada ao segmento dos atuais utilizadores de transporte individual representa 11,8%, correspondendo a menos 3,7 mil viaturas individuais a circular diariamente, com ganhos de tempos de 72%, dos quais 53,2% correspondem aos atuais utilizadores. Considerando a análise a 30 anos, as emissões evitadas ascenderão a 175,6 mil toneladas de CO2, as poupanças energéticas ascenderão a 29,2 mil tep (Toneladas equivalentes de Petróleo).

Estima-se, ainda, que a transferência de passageiros dos modos rodoviários para o Metro de Lisboa permitirá evitar a emissão de 6,2 mil t de CO2 equivalente (CO2) no 1º ano de operação.

O plano de expansão do Metropolitano de Lisboa tem, assim, como objetivo, contribuir para a melhoria da mobilidade na cidade de Lisboa, fomentando a acessibilidade e a conectividade em transporte público, promovendo a redução dos tempos de deslocação, a descarbonização e a mobilidade sustentável.